Assim que nos sentamos no sofá, Théo me contou que havia tido um relacionamento com outra médica, que durou seis anos. Durante esse tempo, eles praticamente moraram juntos no mesmo apartamento.
Ele mencionou que havia uma pessoa responsável por manter o lugar organizado — não apenas uma funcionária, mas alguém que ele considerava como uma mãe. Essa revelação me pegou de surpresa.
— Meus pais, apesar de serem muito amorosos comigo, princesa, estavam sempre viajando para congressos. A responsabilidade que carregavam era enorme, e eu sempre me senti orgulhoso deles. Mas foi essa senhora quem realmente cuidou de mim, quem me tratou como um filho. Quando sair da casa dos meus pais, fiz questão de levá-la comigo.
— Seus pais eram médicos?
— Sim, meu amor... eles também eram os donos do hospital onde eu trabalho até hoje.
Meu olhar se voltou para ele, surpreso. Se os pais eram os donos do hospital, então agora, inevitavelmente, o dono era ele.
— Pela sua cara, acho que você já ligou os ponto