O céu sobre o lago começava a tingir-se de lilás quando Isabella abriu os olhos.
Demorou alguns segundos para se lembrar de onde estava: a casa de campo de Dominic, envolta em silêncio e cercada por árvores densas e a proteção de um homem que, a cada dia, parecia penetrar mais fundo não apenas em seu corpo, mas em suas defesas.
Ela estava nua sob os lençóis de linho cinza, com o cheiro de Dominic ainda impregnado na sua pele — almíscar, madeira e desejo.
Quando saiu do quarto, o encontrou de costas para ela, na varanda, com um café na mão, o rosto virado para o lago. A camisa branca semiaberta revelava parte das costas largas e bem desenhadas. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados pelo vento.
Ela se aproximou em silêncio e passou os braços ao redor da cintura dele, colando o corpo nu nas costas dele.
— Você me sequestrou — sussurrou, com voz rouca de sono.
Dominic sorriu sem virar-se.
— Eu te protegi. Há uma diferença.
Ela riu, mordendo levemente seu ombro.
— Parece que estamos viv