Vitória
Quem me procurou naquela manhã foi Serena. Ainda estava em meu leito, nem mesmo minhas damas haviam chegado ainda para me despertar e começarmos a rotina antes do desjejum.
— Majestade, posso entrar? Já está desperta? Estão vestidos? — ela bateu na porta e a deixou entreaberta antes de entrar, com receio de que estivéssemos em uma situação imprópria.
— Pode entrar, Serena. Aron já saiu para suas atividades e eu acabo de despertar. — Ri da forma que ela estava apreensiva.
— Que bom, com licença! Vim direto aos vossos aposentos para lhe falar, somente quando bati à porta que percebi o quanto poderia estar incomodando se vocês ainda estivessem no leito, me perdoe pela falha.
— Sem problemas, querida amiga. Você sabe que aqui as portas estão sempre abertas a você e estou agora imaginando que deve ser algo muito importante e urgente para vir assim nesse desespero.
— Exato! Tenho duas coisas para lhe contar e nenhuma delas poderia esperar, na verdade até poderia, porém mal dormi por