A batalha havia terminado, mas o cheiro de sangue ainda pairava no ar. As primeiras luzes da alvorada filtravam-se pelas nuvens carregadas, banhando o Vale das Cinzas em uma luz dourada quase irônica, como se o mundo insistisse em celebrar a vitória mesmo em meio ao luto.

Angela caminhava entre os feridos, tocando ombros, sussurrando palavras suaves, deixando sua magia fluir como um bálsamo. Os guerreiros a olhavam com reverência e esperança. Alguns, ao serem curados por ela, choravam em silêncio.

Zane estava sentado próximo à entrada da caverna onde montaram um abrigo improvisado. Tinha o braço enfaixado e o olhar distante, observando Angela como se a estivesse vendo pela primeira vez. Damian passava o tempo afiando a espada com movimentos mecânicos, mas seus olhos não desgrudavam dela. Theo, com uma das pernas imobilizadas por um curativo mágico, preparava mapas ao lado de Lirien, embora estivesse nitidamente distraído.

Naquela noite, quando tudo parecia calmo, os quatro se reuniram