Damian

A dor de ver Angela lutar contra sua própria essência era algo que eu ainda não conseguia aceitar totalmente. Cada olhar, cada gesto, me lembrava de como ela estava dividida entre a necessidade de controlar a magia e o medo de que isso a consumisse. Ela estava se distanciando de nós, não porque não confiasse, mas porque sentia que, ao se entregar ao que estava acontecendo dentro dela, perderia o controle de quem ela era.

Eu sabia o que era perder o controle, o que era deixar que uma força maior tomasse conta de você sem saber o que fazer com ela. Eu tinha visto isso em minha própria vida, em minha própria jornada. A diferença era que, eu tinha encontrado uma maneira de abraçar meu poder, de controlar o que não podia ser domado, de usar isso a meu favor. Mas Angela ainda não sabia como fazer isso, e eu queria ser o apoio que ela precisava para encontrar o seu próprio caminho.

Mas tudo o que eu podia fazer era estar lá, esperando que ela me procurasse quando estivesse pronta. E,