Zane
Eu sabia que estávamos chegando a um ponto crucial. Ângela começava a ceder aos poucos, mais do que nunca, sentindo o peso de suas próprias emoções. A cada palavra, a cada pequeno gesto, eu podia perceber que ela estava começando a entender que não precisava fazer tudo sozinha. Não mais. E, por mais que ela se entregasse ao medo e à insegurança, nós três estávamos aqui, prontos para acompanhá-la em cada passo. Não havia pressa, não havia necessidade de forçar as coisas. A paciência, como eu sabia bem, seria a chave.
Olhei para Theo e Damian, observando a troca de olhares silenciosa que se formava entre nós. Não precisávamos de palavras para nos comunicar, pois todos sabíamos o que estava em jogo. Ângela precisava de espaço, mas ela também precisava de nós. Não de uma maneira desesperada, mas de uma maneira que só quem já passou por tanto poderia entender. Ela não queria ser só mais uma em nossa vida, ela queria ser nós de alguma maneira. E, mesmo que isso parecesse impossível à p