6. Um Contrato Com o Diabo
Três dias se passaram desde a humilhação na Evermont Industries, e eu ainda sinto o gosto amargo da vingança que jurei contra todos, especialmente contra Nathan Prescott.
Mas a realidade não espera por planos de vingança.
— Ann! — meu pai grita do andar de baixo. — Telefone!
Desço correndo, torcendo para que seja alguma empresa finalmente me dando uma chance. Qualquer coisa para não ter que pensar em Nathan e naquela proposta humilhante.
— Alô? — atendo, tentando soar profissional.
— Srta. Sterling? Aqui é do Hospital São Lucas — a voz é séria, formal. — Precisamos conversar sobre o tratamento do seu irmão.
Engulo em seco, sentindo meu estômago revirar.
— O que aconteceu? Ele está bem?
— Daniel está estável, mas tivemos algumas complicações. Precisamos fazer uma cirurgia de emergência hoje mesmo — ela pausa. — O problema é que vocês estão atrasados no pagamento. Sem a quitação, não podemos prosseguir.
— Quanto? — pergunto, já sabendo que não vou gostar da resposta.