A expressão de Nathan muda imediatamente. Por alguns segundos, ele fica parado, olhando para mim como se não tivesse entendido direito.

— O que você disse? — pergunta, baixando a mão.

— Disse que hoje eu decido o momento — repito, sentindo meu coração bater mais forte, mas mantendo a voz firme.

Nathan solta uma risada baixa, mas não é de humor. É o tipo de som que ele faz quando alguém subestima sua paciência.

— Interessante — murmura, voltando a se sentar na poltrona em frente ao sofá. — E o que exatamente você decidiu?

— Que quero conversar primeiro.

— Conversar — ele repete, pegando o copo de whisky novamente. — Sobre o quê?

— Sobre nós. Sobre esse acordo — respondo, surpreendendo a mim mesma com a coragem. — Sobre como as coisas vão ser a partir de agora.

— A partir de agora? — ele sorri, dando um gole no whisky. — Ann, você está confundindo as coisas. Não é assim que funciona entre nós.

— Por que não pode ser?

— Porque quem paga é quem manda — responde, simples. — E que