17. O Que Pode Dar Errado?
A pergunta escapa da minha boca antes que eu possa pensar duas vezes. No segundo seguinte, já me arrependo.
Idiota, Ann. Acabou de cutucar o homem que literalmente te comprou.
Nathan me encara em silêncio por alguns segundos, e vejo algo mudar em sua expressão. Não sei se é diversão ou irritação.
— Pergunta interessante — ele finalmente diz, voltando a dirigir quando o semáforo abre. — Mas ousada. Ainda mais vindo de alguém na sua posição.
Meu estômago se contrai. Droga. Ele vai me demitir. Ou pior.
— Desculpe, Sr. Prescott. Não deveria ter…
— Não deveria ter o quê? — ele me interrompe. — Feito uma pergunta inteligente? Mostrado que tem cérebro?
Fico muda, sem saber o que responder. Só então percebo que não estamos indo na direção do hotel de sempre.
— Para onde estamos indo? — pergunto, franzindo a testa.
— Para sua casa — responde, como se fosse óbvio.
— Minha casa? Mas… não vamos… não vai ter…?
Nathan para no próximo semáforo e me lança aquela expressão entediada de semp