A dor aguda que eu esperava não caiu sobre mim.
Virei-me bruscamente e vi Gustavo parado à minha frente, com uma das mãos pressionando firmemente o abdômen, de onde o sangue jorrava sem parar.
Ele cambaleou e caiu pesadamente em meus braços.
— Gustavo!
Apoiei-o imediatamente, enquanto com a outra mão discava rapidamente para o serviço de emergência, com apenas um pensamento martelando em minha mente: estancar o sangue, rápido!
— Você está louco!
Pressionei o ferimento dele, sentindo meus dedos serem encharcados pelo sangue quente.
Gustavo já estava com a consciência turva, o rosto pálido como a morte, mas ainda lutou para abrir os olhos e olhar para mim, esboçando um leve sorriso nos lábios:
— Você também... doeu tanto assim, naquela época?
Senti um aperto no peito e meus olhos se encheram de lágrimas.
No último instante antes da chegada da ambulância, ele ouviu o som estridente da sirene e, então, desmaiou completamente.
A cirurgia durou três horas.
O médico disse que a faca não ating