Capítulo 16
A dor aguda que eu esperava não caiu sobre mim.

Virei-me bruscamente e vi Gustavo parado à minha frente, com uma das mãos pressionando firmemente o abdômen, de onde o sangue jorrava sem parar.

Ele cambaleou e caiu pesadamente em meus braços.

— Gustavo!

Apoiei-o imediatamente, enquanto com a outra mão discava rapidamente para o serviço de emergência, com apenas um pensamento martelando em minha mente: estancar o sangue, rápido!

— Você está louco!

Pressionei o ferimento dele, sentindo meus dedos serem encharcados pelo sangue quente.

Gustavo já estava com a consciência turva, o rosto pálido como a morte, mas ainda lutou para abrir os olhos e olhar para mim, esboçando um leve sorriso nos lábios:

— Você também... doeu tanto assim, naquela época?

Senti um aperto no peito e meus olhos se encheram de lágrimas.

No último instante antes da chegada da ambulância, ele ouviu o som estridente da sirene e, então, desmaiou completamente.

A cirurgia durou três horas.

O médico disse que a faca não ating
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