Capítulo 44 – Ecos de Sangue e Silêncio
Ainda era o mesmo dia. Já passava do meio da manhã, e Rudbeckia tentava ocupar a mente com tarefas simples depois de tudo que havia acontecido no quarto com Alastair. Não conseguia entender como permitira aquilo, como se entregara tão rápido, sem resistência, sem sequer questionar a própria vontade. Desde que acordara sobre o peito dele, tentava encontrar uma justificativa aceitável. O sangue que bebera? O calor da banheira? A aparência dele? Tudo parecia contribuir, mas nada explicava de verdade.Agora, já caminhando pelos corredores da fortaleza, com a luz da tarde filtrada pelas janelas estreitas, ela sentia o peso da situação de forma mais concreta. Passos controlados, queixo erguido e expressão impassível — ou, ao menos, era o que tentava transmitir. Por dentro, cada músculo de seu rosto gritava. O rubor em suas bochechas insistia em não desaparecer.A vergonha crescia com cada passo. O calor subia pelo pescoço,