No final da tarde, Celina e Zoe chegaram ao prédio onde Gabriel morava. Há dias tentava falar com ele, mas Gabriel simplesmente havia sumido, não atendida ligações, não respondia mensagens. Ela não conseguia ignorar o aperto que sentia. Precisava vê-lo, precisava entender.
— Tem certeza que ele está em casa? — Zoe perguntou.
—Não. Mas vamos tentar. — Celina respondeu, determinada.
Subiram e, diante da porta, Celina tocou a campainha. O coração batia acelerado, as mãos suavam. Quando a porta se abriu, Gabriel surgiu com um moletom cinza, os olhos ligeiramente cansados, os traços abatidos não passaram despercebidos por ela. Surpreso, demorou um segundo para reagir.
— Boa noite, Gabriel... esqueceu de mim? — Celina disse com um sorriso doce, tentando esconder sua preocupação.
Ele piscou, como se ainda processasse o que estava acontecendo, e depois sorriu de leve, com aquele jeitinho encantador que sempre amolecia o coração dela.
— Esquecer você, moça dos olhos preocupados? Impossível. O