A voz de Thor era carregada de desprezo e frieza. Seus olhos, de um preto gélido, fitaram Isabela com intensidade quase insuportável.
Isabela se ergueu devagar, piscando os olhos como se tivesse acordado de um pesadelo. O rosto pálido, ainda marcado pela perda recente, contorceu-se em confusão teatral.
— Thor, do que você está falando?
Thor deu mais um passo. Ficou ao lado da cama e se inclinou. O rosto dele ficou a centímetros do dela.
— Das suas manipulações esse tempo todo. Você achou que eu não descobriria os seus joguinhos para me separar da única mulher que realmente… — ele parou, corrigindo-se com amargura — … que me fez sentir algo real?
— Eu te amo! — gritou Isabela, tentando agarrar o pulso dele. — Eu fiz isso por amor! Você ia embora com ela! Eu fiquei desesperada!
Thor puxou o braço com nojo, como se ela fosse feita de algo podre.
— Isso não é amor. Isso é doença. Obsessão. Egoísmo. — Ele se ergueu de novo. — Você é um ser desprezível que destrói tudo por conta de uma obs