Celina abriu a porta do seu apartamento e entrou com passos lentos. O silêncio do lugar contrastava com o redemoinho de sentimentos dentro dela. Largou a bolsa sobre o sofá, afundou no estofado macio com um suspiro cansado e pegou o celular. Digitou uma mensagem rápida para Gabriel:
“Já cheguei em casa.”
Bloqueou a tela e deixou o celular sobre a mesinha de centro. Levantou-se, foi até a cozinha, abriu a janela para deixar o ar fresco entrar e foi até o filtro. Serviu-se de um copo d'água e encostou-se na pia, olhando para o céu que estava levemente nublado. O cinza lá fora parecia refletir exatamente como ela se sentia por dentro. Os pensamentos estavam longe... cada palavra de Tatiana ainda ecoava dentro dela. Cada frase dita pela amiga servia como um espelho, revelando feridas que ela ainda tentava esconder até de si mesma.
Ela voltou para a sala em passos pensativos e abriu a janela da varanda. Sentou-se novamente no sofá, pegou o celular e viu que Gabriel havia respondido:
"Tô i