Anaïs deixou uma lágrima escorrer e murmurou quase num sussurro:
— Então… eu sempre tive dois papais?
Rodrigo enxugou a lágrima com o polegar e respondeu, a voz embargada:
— De certa forma, sim, pequena. Mas só um plantou a sementinha que fez você existir. E esse… sou eu.
Lua concluiu com a voz doce, acariciando o rosto da filha:
— E o mais importante, Anaïs, é que você sempre será amada. Por mim, por Pietro… e pelo Rodrigo. Só que agora você sabe toda a verdade.
A menina abraçou os joelhos e permaneceu em silêncio, absorvendo cada palavra, enquanto Lua e Rodrigo esperavam, com os corações suspensos pela reação dela
Ainda de cabeça baixa e encolhida num canto, como se tentasse organizar em sua cabecinha infantil tudo aquilo que ouvira, Anaïs deixou que algumas lágrimas corressem pelo rosto. Sem olhar para nenhum dos dois, falou baixinho:
— Maman, me empresta o seu telefone?
— O… meu telefone? — Lua perguntou surpresa.
A menina apenas assentiu com a cabeça. Lua, ainda sem entender, est