Lua continuou a digitar no computador, sem levantar a cabeça, então respondeu com uma voz calma e irônica:
— Calma, senhor Alcântara, sei que está louco para se livrar de mim, assim como sempre "faz"... mas tudo no seu tempo, ok?
A entonação que ela deu à palavra "faz" foi como um soco no estômago de Rodrigo, que não entendeu o que ela queria dizer.
Ele se levantou da sua cadeira, se aproximou da mesa dela, tentando chamar sua atenção. Mas Lua não o encarou, e o silêncio entre eles foi como um peso que parecia esmagar o ar. O único som era o barulho do teclado do computador, e Rodrigo podia sentir a tensão no ar como uma faca afiada.
Ele então perguntou, com uma voz que parecia estar prestes a quebrar:
— Lua, desculpa te perguntar, mas o que está fazendo no seu computador? E o que quer dizer com...?
Lua o cortou, com uma voz gélida:
— Já vai saber, senhor Alcântara.
Ela aperta um botão de enter e logo manda alguma coisa para a impressora. Estica o seu braço, pega o documento e entrega