Mia
Sara saiu para o almoço exatamente ao meio-dia. Ela me deu as instruções finais: não atender o telefone de Elijah a menos que fosse uma emergência de vida ou morte, e que ela voltaria em exatos quarenta minutos. Eu estava sozinha no posto avançado, sendo a guardiã do CEO, e sentindo a pressão do meu novo papel.
Eu comia meu sanduíche — feito em casa, é claro, porque o restaurante do prédio estava fora do meu alcance por enquanto — tentando memorizar a agenda do Chefe. A porta da sala dele estava fechada, o que era um alívio.
O alívio durou menos de dez minutos.
Ouvi passos e, quando olhei para cima, lá estava Samuel, o Diretor de Operações e homem-galanteador-mor. Ele estava com a habitual camisa perfeitamente desabotoada e um sorriso que era charme puro, mas que me deixava em alerta.
— Olá, assessora — ele disse, inclinando-se sobre a minha mesa com uma confiança desnecessária. — Sara já saiu? Ótimo.
— Sim, Sr. Samuel. Ela retorna em breve. O Sr. Hale está em sua sala — eu