Elijah
Eu me virei, o rosto ardendo de fúria não resolvida. Mia havia fugido, e a raiva por não ter conseguido puxá-la para o carro era um fogo gelado em minhas veias.
— Tire a mão de mim, Camila — eu ordenei, a voz baixa e venenosa, empurrando-a.
— Elijah, o que diabos foi isso? — Samuel perguntou, aproximando-se, mas mantendo a distância.
Eu não o respondi. A urgência era sair daquele lugar. Eu tinha reagido como um animal. Eu havia perdido a cabeça por causa de um estranho bêbado e da minha assistente.
Eu lancei um olhar cortante para Camila, cortando sua fantasia de redenção.
— Não há "nós", Camila. Nunca houve, e não haverá. Sua presença aqui é inapropriada, e eu serei claro: não apareça mais no meu escritório ou nos meus assuntos. Entendido?
Eu mal a vi acenar. Peguei meu casaco e saí. Eu precisava de espaço, de silêncio, de concreto e vidro para me lembrar quem eu era.
Eu estava sentado no banco de couro do meu carro, voltando para a minha casa. A verdade era que eu não