Isa Blake odeia o Natal. Sempre foi alvo de críticas severas de sua família, o que a levou a evitar as reuniões festivas a qualquer custo. Mas este ano é diferente. Agora, como uma mulher confiante e completamente transformada, Isa decide enfrentar a ocasião – e é pega de surpresa pela presença de Christopher Hale, o filho da melhor amiga de sua mãe. Com um porte imponente e um ar irresistivelmente dominante, ela não resiste a apelidá-lo de Deus Predador. Christopher, é um CEO milionário, focado em sua carreira e desiludido com o amor após uma traição devastadora. Ele só aceitou participar do Natal depois da insistência da mãe, mas a última coisa que esperava era ser provocado pela jovem atrapalhada, engraçada e um tanto boca-dura que cruzou seu caminho. Apesar de tudo, há algo em Isa que o intriga profundamente – o suficiente para balançar seus nervos e despertar emoções que ele preferia manter enterradas. O que já parecia um desastre termina com uma tensão explosiva entre raiva e desejo. Mas o verdadeiro choque vem dias depois, quando Isa, em seu primeiro dia no novo emprego, descobre que o Deus Predador nada mais é do que o dono da empresa que ela trabalha. Agora, Chris precisa lidar com a mulher que desafiou seu autocontrole e ainda provará ser uma profissional brilhante – enquanto Isa tenta conciliar a atração intensa e os conflitos com seu chefe insuportavelmente irresistível. Um romance divertido e eletrizante, repleto de reviravoltas, brigas e uma química que promete aquecer até os corações mais frios.
Ler maisEu odeio o natal.
Eu, Isabella Blake, odeio o natal. Ok, talvez não odeie o natal em si. Eu odeio o evento natal. O ato de reunir pessoas para celebrar e criticar o mundo, e eu, sendo o patinho feio da família, sempre sou massacrada. Bem, talvez eu odeie ser massacrada pela minha família? Siiim! Isso sim! Eu nunca fui uma mulher de aparência padrão, diferente de todas as minhas 3 primas. Eu sou baixinha, curvilínea e não herdei nenhum dos genes europeus da minha mãe. Tenho cabelos e olhos comuns, castanhos normais e nenhum traço lindo no meu rosto. Usei aparelho até quase 20 anos e nessa mesma época eu também não era uma mulher muito vaidosa. Eu sempre fui normal e o meu traço mais marcante é que eu sou desastrada, tipo, muito desastrada. Sou capaz de cair mesmo quando estou parada. E isso não mudou. O último natal que passei com a minha família foi em 2019, um mês antes da minha fuga para a Cambridge. Eu nasci e cresci em Nova York e sempre sonhei e estudei para cursar qualquer faculdade em Harvard. Não apenas pela faculdade, mas também pela distância. Eu precisava desesperadamente de distância da minha família. E quando eu consegui, simplesmente não passei nenhum feriado aqui. Nenhum mesmo. Essa é a maior mágoa da minha mãe, afinal, ela teve que escolher entre ir me ver e manter as reuniões de família. Bem, como eu não sou um alecrim dourado, ela escolheu a família. E por isso que estou parada na porta da minha casa, respirando fundo, antes de bater na porta, hoje, 24 de dezembro de 2024. Nada mudou. A minha mãe ainda decora o nosso sobrado com luzes por toda parte, o jardim ainda é minuciosamente cuidado durante todo o ano para esse mês em específico e a guirlanda continua carregando os nomes da minha família. Encaro a guirlanda com o estômago revirado. Paul, Anna, Victor e Bella. Meus pais e o otário do meu irmão. E eu. A família Blake é conhecida pelo formato tradicional, por não se envolver em escândalos e por manter um legado de 4 gerações em um jornal de bairro que está fadado ao fracasso depois da internet. Respiro fundo. Toco a campainha da minha própria casa e respiro fundo de novo. A lasanha nas minhas mãos está começando a ficar gelada por causa dos 6 graus que está fazendo. - FELIZ NATAL! - O ritual não mudou. Meus pais ainda atendem a porta da mesma forma, gritando com os convidados. - Oi pai, oi mãe. - Faz 1 ano que não os vejo, desde a ação de graças do ano anterior, que os dois foram me ver, e leva um segundo inteiro para que eles me reconheçam. - Bella, você está… - O meu pai começa e eu tento não virar os olhos para ele. Sim, estou linda, eu sei. Eu aprendi algumas coisas nesses 4 anos, sobre marketing pessoal. Graças a minha generosa mesada de estudante eu renovei o meu guarda roupa, investi em academia e lutas e criei o hábito de cuidar de mim. Unhas, cabelo, sobrancelha… Coisas assim. E aprendi a me maquiar, o que fez um verdadeiro milagre na minha aparência. - Filha, você está linda! - A minha mãe tira a lasanha das minhas mãos, quase j**a para o meu pai e me envolve com os braços para um abraço de urso. - Feliz natal mãe. - Eu falo quando consigo respirar de novo. Dou um abraço no meu pai, um pouco descoordenada, já que o meu desequilíbrio eu herdei dele, e começo a tirar as camadas de roupas que me cobrem. 6 graus, lembra? - Finalmente você resolveu vir pra casa! - O tom cheio de sarcasmo do meu queridinho irmão me atinge, ele está parado na escada, com os braços cruzados, me encarando com os olhos azuis cheios de raiva. Diferente dos meus pais, ele me ODEIA por nunca voltar pra casa, porque isso o torna o foco, sem a patinha feia para ser massacrada. - Bom te ver também Vi. - Eu respondo com o tom mais educado que consigo para falar com ele. Depois de pendurar o casaco e arrumar o cabelo em frente ao espelho, abro os braços pra ele. Ele me levanta no ar. Lembra que eu disse que não herdei os genes da minha mãe? Bem, o Victor herdou todos. O cabelo loiro, os olhos claros, a beleza clássica europeia e a altura. Mesmo que ele seja 3 anos mais novo que eu, ele é uns 20 centímetros mais alto. - O upgrade não funcionou na sua cara feia. - Ele fala baixinho no meu ouvido. - E você segue com cara de bebe cagão. - A troca de ofensas com ele é fácil, natural. Sempre fomos assim. Mesmo que ele sinta raiva por herdar os meus pais e as cobranças depois que fugi, eu sei o quanto ele me ama. Se bem, que dependendo do dia, ele me odeia na mesma proporção. Depois que ele me coloca no chão percebo a minha mãe observando. - Nada de brigas crianças. - Ela está sorrindo. - Esse ano temos convidados importantes. Ouço o Victor bufar e dou uma risadinha leve. Sigo ela pelo corredor que leva até a sala de estar e assim que passo pela porta encontro a visão do paraíso.IsaO meu corpo reagiu assim que ele segurou a minha mão e me colocou de pé.Evitei pensar naquele momento no que eu estava aceitando, e pensei apenas na vontade intensa que se espalhava por mim.E ele me beijou, exatamente como eu queria que ele beijasse. Com vontade!Eu o abracei, encostando o corpo no dele, enquanto ele invadia a minha boca. Aquilo não era um beijo comum, não quando ele desbravava a minha boca com desespero. Ele me levantou no ar e eu travei as pernas na cintura dele, e o meu corpo encaixou perfeitamente ali, enquanto ele me levava de volta para o quarto.As mãos dele dançaram pelas minhas costas, levantando o tecido da minha camiseta e ele me colocou no chão apenas para me despir. Eu ajudei, abaixei o meu shorts
ChrisA noite anterior serviu para duas coisas:Para comprovar o quanto ela está envolvida por mim.E o quanto eu estou por ela.Depois que ela dormiu nos meus braços eu fiquei um tempo muito grande, até um pouco vergonhoso, observando enquanto ela dormia.Ela roncou de leve, um sinal nítido de cansaço e bebedeira, e eu simplesmente não conseguia deixar de olhá-la.E quando ela começou a tirar o vestido, com o rosto avermelhado e sorridente, eu realmente pensei em ceder ao que ela estava me pedindo, e a únic
IsaTUDO DÓI!A cabeça, a garganta e as minhas pernas. E o resto do meu corpo eu não tenho certeza se existe.Me recuso a abrir os olhos, mas consigo ver que o dia já nasceu. Tento, sem sucesso, lembrar o que aconteceu …Respiro fundo, me arrumo na cama, viro de lado e … tem alguém aqui! Abro um olho e depois o outro e o Christopher está dormindo comigo, na minha cama.Levanto a coberta rápido e estou de pijama. Ele está completamente vestido também e sinto um alívio imediato. E eu não lembro o que aconteceu.Lembro do aniversário, lembro de beber … E como flash algumas imagens voltam
ChrisEla não está só bêbada. Ela está muito bêbada. Constato assim que encontro ela com o olhar, no momento que chego no tal lugar. Eu estou em um péssimo dia. Descobri hoje que o meu pai está armando um evento para me apresentar a filha de um investidor, e tivemos uma briga daquelas. Ele quer que eu case, logo, ainda esse ano se possível, com alguém do nosso ciclo, e disse que ou eu arrumo uma noiva, ou ele arruma. Faz tempo que ele tenta me convencer que eu preciso casar, e eu deixei claro que depois da Nicolli, eu não ia mais me envolver com ninguém. Depois de duas horas discutindo sobre não precisar amar para casar, e eu usar a minha mãe contra ele, eu apenas queria dormir. Eu passei a semana lutando contra as minhas vontades de me aproximar dela, e eu estava indo bem, consegui manter distância, então, quando o telefone tocou, às duas da manhã, eu senti o meu coração subir até a garganta. Bêbada sim, mas completamente linda. O que ela está usando nem posso chamar de vest
IsaO universo começa a conspirar quando você mentaliza as mudanças que quer. Eu nunca tive muita certeza que eu conseguiria sair do caminho trilhado para mim, desde sempre, e desbravar sozinha, um novo caminho. E quando aquela semana começou a se encaminhar para o fim, eu tive esperanças. Esperança real, de que eu finalmente sabia o que eu estava fazendo.Então, quando a semana finalmente terminou, eu estava animada para o fim de semana. E então lembrei do almoço na casa dos meus pais no domingo, e senti o meu estômago gelar. Desde que voltei para Nova York a minha mãe criava eventos aleatórios para reunir a família, e se eu não tivesse tido a briga com o meu pai, eu estaria animada, mas, não nos falamos desde aquele dia no jornal. E tinha o aniversário do Marco, amanhã, que eu ainda não tinha decidido se ia ou não. Encarei o meu apartamento e suspirei, depois de trancar a porta. Ok, o meu ânimo para o fim de semana estava começando a evaporar. ~ * ~ * ~ * ~ * ~ * ~ * ~ * ~ * ~
ChrisMaggie Timoney chegou com um idiot¢ para a reunião daquela tarde, e antes que a Bia me lembrasse que eu deveria recepcioná-los, eu quase não consegui trabalhar. Nenhuma mensagem. Nem mesmo um bom dia diferente. Nada, Ela não me enviou ou mostrou nenhum sinal de que o que aconteceu ontem fez alguma diferença. Mesmo que ela tenha ficado completamente perdida depois. Era possivel ver nos olhos dela que eu a surpreendi. E eu vou esperar.Eu decidi que o próximo movimento será dela, e eu vou me obrigar a esperar. Então eu estava ali para recepcionar o cliente e sumir, como a Joana tinha pedido. A Maggie confiava no meu trabalho e ficou completamente sorridente ao me ver, o acompanhante dela que não estava feliz de estar ali. Ou de me ver. Diferente de como eu agia na empresa, no mercado, diante das outras empresas, eu sou implacável. - Chris, querido, se juntará a nós? - Ela sorriu enquanto flertava comigo. - Não Mag, tenho algumas atividades de CEO para realizar. - Respondi so
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