28. Arrependimentos Servidos Quentes
Eu mal tinha acabado de me acomodar na ideia de Alexander sendo meu patrocinador gourmet, quando ele entrou no carro com o item da “grande parada” no shopping. E lá se foram minhas esperanças culinárias. Em vez de sacolas de comida, o que ele trazia era… uma troca de roupa.
— Você parou aqui só pra comprar roupas? — perguntei, com a frustração escorrendo da voz.
Ele me lançou um olhar quase inocente.
— Preciso trocar de roupa. Meu terno vai acabar cheirando a comida.
Senti um nervoso latejando na têmpora. É sério? Eu o convido para almoçar, ele reclama do terno, e eu ainda não o mandei para aquele lugar? Suspirei e deixei escapar, quase para mim mesma:
— Claro. A culpa é toda minha por te convidar.
Fiz o resto do caminho em um silêncio tenso. E, ao chegar ao meu apartamento, fui tomada pela vontade de dar meia-volta e deixá-lo na porta. Mas me contive, entrei e o deixei seguir. Nem me preocupei em arrumar a sala antes. Se eu já tinha desistido de impressioná-lo? Há tempos.
Pendurei a