Everton Narrando
Eu já tinha visto muita coisa nessa vida. Já enfrentei gente perigosa, perdi noites de sono lidando com problema dos outros, já fui enganado, traído, jogado na lama por gente que dizia me amar. Mas nada, absolutamente nada, me tirava do sério como ver a Priscila assustada por causa daquela maluca da Sophie.
Quando li a mensagem dela, meu sangue ferveu. Era uma mistura de raiva, instinto de proteção e vontade de acabar com tudo de uma vez por todas. Eu sabia que a Sophie ia dar um jeito de se reerguer, mesmo com tudo contra ela. Ela era assim: cobra venenosa, se rastejando no meio do caos que ela mesma criou.
Peguei as chaves, entrei no carro e fui direto pra loja. Não pensei duas vezes. Dirigir naquele momento era como atravessar um campo de batalha, mas o meu destino era claro: proteger quem eu amo.
Quando cheguei e vi a Priscila lá dentro, sozinha, com aquela expressão firme e ao mesmo tempo vulnerável, meu peito apertou. Ela tava tentando ser forte, mas eu a conhe