Everton Narrando
Acordei com aquela sensação incômoda no peito, como se algo estivesse prestes a explodir. Desde que aquelas publicações começaram a circular sobre a Priscila, eu não conseguia pensar em outra coisa. Eu conheço ela. Sei o quanto ela se esforçou pra reconstruir a vida depois de tudo. E ver seu nome jogado no meio da lama daquela forma... me deu uma raiva que eu nem sabia que ainda morava em mim.
Peguei o celular, respirei fundo e abri as redes. As postagens ainda estavam lá, mas agora com comentários de gente que nem conhece ela, julgando como se tivessem vivido ao lado da gente. Cada palavra maldosa parecia uma faca cravada em mim também.
Levantei do sofá, inquieto. Fui até a cozinha, tomei um gole de café frio e encostei na pia, tentando entender como isso tudo tinha chegado nesse ponto.
Não era só sobre exposição. Era sobre dor. Sobre feridas antigas sendo abertas à força. E se tem uma coisa que eu não aceito é ver a Priscila sofrendo de novo, principalmente por con