Everton Narrando

Ver a Priscila deitada no sofá, com aquele barriguinha começando a aparecer, me dava um tipo de paz que eu nunca imaginei sentir na vida. Era como se tudo fizesse sentido agora. Cada escolha, cada erro, cada acerto… tudo tinha me trazido até ela. Até esse momento.

Ela tava ali, com os olhos fechados, aproveitando a massagem que eu fazia nos pés dela enquanto ainda comia o restinho do sorvete que eu trouxe. E cara… eu juro que ver ela assim, tranquila, confortável, feliz… era o melhor pagamento que eu podia ter.

— Tá gostoso, meu amor? — perguntei, apertando de leve o calcanhar dela, do jeito que ela disse que gostava.

— Hm... tá perfeito — ela murmurou, sem nem abrir o olho.

Sorri. Era isso. A gente tinha enfrentado tanta coisa junto… e agora, viver esses pequenos momentos era tudo que eu queria.

Depois que ela dormiu ali mesmo no sofá, com a cabeça apoiada na almofada e as mãos na barriga, eu cobri ela com uma manta leve. Fiquei só olhando por uns minutos, sem press