Estevão narrando
O som dos aparelhos, o burburinho da equipe médica e os gritos da Karen enchiam a sala. Eu tava ali do lado dela, com a mão presa na dela, vendo o quanto minha mulher era forte… mas também sentindo cada dor que ela tava passando.
— Contração forte! — avisou uma das enfermeiras, ajustando o monitor.
— Ai meu Deus, ai! — Karen gritou, apertando minha mão com força. — Eu não vou aguentar, Estevão… tá doendo demais!
— Vai sim, meu amor. Respira comigo, vai… inspira, solta... Isso! — falei, com a voz trêmula, tentando manter a calma por nós dois.
— Está com dilatação completa, doutora — informou a enfermeira que estava entre as pernas da Karen, já pronta para auxiliar o parto.
A médica, com os olhos atentos por trás da máscara, assentiu e se aproximou.
— Karen, você vai precisar fazer força, tá? Quando eu disser. O bebê já tá aqui, só falta a gente ajudar ele a vir.
— Eu tô com medo! — ela chorou, o rosto suado, os olhos desesperados.
Me abaixei até o rosto dela, beijei su