Arthur CarterMe chamo Arthur Carter, tenho 60 anos, 1,82m de altura, e carrego nas costas um império construído com suor, sangue e guerra. Sou o CEO da Carter Electronic, empresa que leva meu sobrenome com honra, e que hoje opera não só em solo nacional, como também fornece serviços e soluções de ponta para o exterior.O que poucos sabem — e muitos gostariam de esquecer — é que minha família quase perdeu tudo no passado. A falência bateu na nossa porta quando os Duarte, esses canalhas que se vestem de empresários, assinaram contratos fraudulentos com os antigos sócios da minha família, afundando a empresa antes mesmo de eu completar vinte e cinco anos. Mas eu revirei a lama com as mãos, levantei sozinho, e hoje... hoje quem dita as regras sou eu.Carter Electronic é um sonho realizado. E eu não vou deixar o pé-rapado do Vinícius, junto com a laia nojenta dele e aquele velho asqueroso, destruir o império que construí. Não enquanto eu estiver vivo.Estávamos no meu escritório particula
Sr Carter Narrando Fechei a porta do nosso quarto devagar, como quem sela o mundo lá fora. Soltei o casaco, tirei o relógio e fui desabotoando a camisa, os olhos presos nela, sentada na beira da cama, desfazendo os brincos com aquela elegância que só a minha mulher tem.— Vem cá, Luisa... — minha voz saiu baixa, firme.Ela sorriu de lado, me lançando aquele olhar que sempre soube mexer comigo. Me aproximei devagar, puxando-a pela cintura e colando nossos corpos. Meus dedos escorregaram pela curva das costas dela enquanto nossos lábios se encontravam num beijo carregado de história, desejo e cumplicidade.— Tava te olhando no jantar... — murmurei entre um beijo e outro — …e pensando no quanto você continua sendo a mulher mais linda que eu já vi.— E você continua com essa lábia de quando tinha vinte anos... — ela sussurrou, sorrindo contra a minha boca, enquanto eu deslizei a mão por baixo da blusa dela, sentindo sua pele arrepiar.— Lábia não, amor... Verdade. — falei, tirando sua bl
Luísa Narrando Eu ainda sentia o gosto dele nos meus lábios, a pele quente sob meus dedos, o peito subindo e descendo devagar enquanto ele se recuperava. Mas eu não estava nem perto de saciada. Subi sobre ele, roçando meu corpo no dele, e vi quando os olhos de Arthur voltaram a brilhar.— Ainda tem fôlego, meu homem? — sussurrei perto do ouvido dele, mordiscando o lóbulo.— Pra você? Sempre. — respondeu com aquele sorriso safado, as mãos já deslizando pela minha cintura, apertando meu quadril.Me posicionei sobre ele devagar, guiando a ponta do seu pau até a minha entrada, que ainda latejava do prazer anterior. Quando encaixei, um gemido escapou da minha boca sem controle. Fiquei só rebolando na cabecinha do membro dele.— Ah, gostoso... — soltei, os olhos fechando por um segundo.— Desce... vem ser minha de novo. — ele murmurou, a voz baixa, rouca, cheia de desejo.E eu desci. Senti ele me preenchendo por completo, centímetro por centímetro, com uma pressão deliciosa que fez meu cor
Sr. Carter Narrando A visão da Luísa de quatro, toda exposta pra mim, me tirava qualquer resquício de controle. A pele suada, o cabelo caindo de lado, o quadril empinado feito uma maldição só pra me enlouquecer. Segurei firme aquela cintura como se fosse meu único ponto de equilíbrio no mundo.— Pørra, Luísa... — rosnei, metendo fundo, ouvindo o estalo da nossa pele se encontrando. — Olha o que tu faz comigo...Ela gemia alto, arfava, e cada vez que meu paü entrava nela, parecia que a gente se fundia de novo, como duas peças feitas pra se encaixar só entre si.— Mais, Arthur... — ela gritou, a voz embargada de prazer. — Mete mais fundo... me destrói...— Vou te deixar marcada... pra lembrar quem é teu homem — grunhi, inclinando o corpo pra frente, agarrando seus cabelos e puxando com firmeza, fazendo ela levantar o rosto e gemer mais ainda.— Você é meu... meu tudo... me føde, amor... me faz tua... — ela implorava, rebolando no meu paü, sentando com força a cada investida minha.Minh
Pablo Narrando A chuva fina que caía sobre o pátio deixava o chão escorregadio, refletindo a luz dos holofotes que varriam a área com precisão. O silêncio, apesar dos gritos de alerta dos carcereiros, era ensurdecedor pra mim.Meus olhos fixos no vulto que se movia com pressa, tentando ganhar a rua. Sabia exatamente quem era.Vinícius Duarte.O cheiro de ferro e concreto molhado dominava o ar do pátio externo. Eu estava com o dedo no gatilho e os olhos cravados naquele desgraçado do Vinícius, que achava que ia sair dali como se fosse um fantasma. Como se não tivesse deixado um rastro de merdä por onde passou.De dentro do rádio, a voz do comandante soou nervosa:— Unidade Alfa, temos tentativa de fuga. Aproxime-se e isole a área.— Pode deixar comigo — respondi, desligando na hora.Mais de dez anos de corporação. Já tinha visto de tudo, mas tem algo que muda quando o nome da sua família tá envolvido. Quando o sangue dos teus tá na linha de tiro. Eu não era só um agente da força especi
Sr. Carter NarrandoO cheiro do perfume da Luísa ainda estava em mim quando abri os olhos. Ela dormia tranquila ao meu lado, os cabelos espalhados pelo travesseiro e aquela respiração serena que me fazia lembrar o quanto a vida tinha sido generosa comigo. Aproximei meu rosto do dela e comecei a distribuir beijos suaves em seu ombro nu, subindo até sua nuca, sentindo-a se arrepiar e se mexer preguiçosamente.— Bom dia, minha rainha — sussurrei.Ela sorriu com os olhos ainda fechados e se virou, me puxando para mais perto. Retribuiu meus beijos com carinho e um toque manhoso que só ela tinha. Levantamos juntos, sem pressa, e fomos direto para o banho. A água quente escorrendo por nossos corpos foi mais um pretexto para prolongar aquele momento de paz e intimidade. Rimos, nos tocamos, nos beijamos com a cumplicidade de quem já viveu de tudo juntos.Luísa saiu do banho toda emperiquitada do jeito dela. Mesmo optando por um vestido mais simples, não deixou de escovar os cabelos com perfeiç
Ana Kelly Narrando O carro já tinha pegado a estrada, mas minha mente estava a quilômetros dali. Eu olhava pela janela, mas não via a rua passando. Na verdade, não via nada. Só sentia. Sentia o ar entrando nos meus pulmões com mais leveza. Sentia a paz que, por tanto tempo, eu achei que nunca ia sentir de novo. No banco da frente, Anthony e o Sr. Carter conversavam num tom baixo, mas eu não conseguia focar no que diziam. O barulho do motor era como um pano de fundo pro filme que passava dentro da minha cabeça.Vinícius tá morto.Respirei fundo. Pela primeira vez, esse pensamento não me causava pânico. Era estranho dizer isso, mas eu me sentia livre. De verdade. Como se as correntes que ainda me prendiam ao passado tivessem, finalmente, se quebrado. Eu olhei para o retrovisor e vi os olhos do Anthony me encarando por um segundo. Ele sorriu de leve, aquele sorriso que sempre me fez sentir segura, e voltou a olhar pra frente.É isso. Eu tava livre.A lembrança do Vinícius invadiu minha
Anthony Narrando O dia começou acelerado, como sempre. Ana Kelly desejou um bom trabalho antes de seguir pro prédio principal e sumir nos corredores. E eu fui direto pra minha sala.Tentei me concentrar nos papéis espalhados sobre a mesa, contratos pendentes, alinhamentos com o setor financeiro e um novo projeto de expansão que meu pai vinha estudando nos últimos meses. Mas confesso que meus pensamentos estavam meio desfocados. Entre uma análise e outra, ainda me vinha o rosto dela, a expressão distante de manhã, o jeito que apertou minha mão no carro.Depois de dar conta de uma pilha de documentos, fui até a sala do meu pai. Ele estava como sempre: firme, detalhista e direto ao ponto. Trocamos informações rápidas, alinhamos decisões e seguimos para uma série de três reuniões que se arrastaram até perto da hora do almoço. Em todas, eu consegui manter o foco... até que o relógio marcou 12h45 e percebi que Ana Kelly ainda não tinha aparecido nem respondido minha última mensagem.Foi aí