A tristeza nas palavras de Cecília era evidente. Ela queria desesperadamente que as coisas fossem diferentes, que Gael a visse como mais do que um objeto, mas sabia que a realidade era cruel.
Dona Lourdes segurou a mão de Cecília, apertando-a com força.
— Minha filha, você não precisa passar por isso sozinha. Eu e seu avô estamos aqui por você, sempre. Se essa gente lá não te quer bem, você fez a coisa certa voltando pra cá. Nós vamos cuidar de você e desse bebê, e ninguém vai te obrigar a fazer nada que você não queira.
Cecília sentiu uma onda de alívio ao ouvir as palavras da avó, mas a sombra da ameaça de Tiago ainda pairava sobre ela.
— Tem mais uma coisa, vó... — Cecília começou a dizer, sua voz vacilando. — O Tiago... Ele me encontrou quando voltei, e ele me ameaçou. Disse que depois que meu bebê nascer, ele vai me obrigar a viver com ele. Que vai levar meu filho pra longe, e eu nunca mais vou vê-lo.
Dona Lourdes levou a mão à boca, horrorizada.
— Ele disse isso? — ela per