— Para onde estamos indo? — perguntei.
— Para casa de Gabriel Camden. — Mabel respondeu sem um pingo de culpa.
Eu queria lutar contra ou ao menos reclamar, mas eu não tinha forças para isso. Mabel me ajudou a entrar no carro e dirigiu até prédio chique no meio da cidade, porque Mabel havia telefonado antes, a nossa entrada não foi nem um pouco complicada.
Subi o elevador apoiando meu corpo no peito de Mabel, minha cabeça pendendo em seu ombro. Eu era quase como um peso morto, uma morta-viva que estava indo comer a carne fresca de Gabriel para saciar essa dor. Gabriel não deveria ser diferente, quanto mais tempo ficamos separados, mais famintos e sedentos estávamos um do outro. Esse feitiço é tão maldoso que até mesmo me faz pensar esse tipo de coisa.
Balancei a cabeça para espantar essas ideias estranhas. Entretanto, quanto mais perto subimos para a cobertura, um sentimento irritante surgia como o silencioso rastejar de uma cobra, uma expectativa para findar esse estado débil, ass