— Eu já saquei o que está rolando. — Mabel falou tirando o braço do segurança e ficando entre mim e Gabriel. Ela colocou a caixa de transporte de Binho no chão e perguntou: — Por que não passamos a noite em um hotel?
— Passar uma noite inteira com esse cretino? Não obrigada. — protestei.
— Cretino é seu pai, cuidado com a boca, golpista. — Gabriel me insultou.
— Cuidado com a boca você! — respondi apontando o dedo na cara do idiota.
Ele empurrou minha mão para baixo e abriu a boca falar, mas Mabel foi mais rápida e disse segurando nossos ombros:
— Tudo bem, já chega. Decidam agora, vão embora e aguentar a dor até de manhã... — ela deu uma pausa dramática. — Ou vão se comportar e passar essa noite juntos em um hotel?
Eu olhei para o teto e tampei o rosto com as mãos. A ideia de passar mais tempo com Gabriel é assombrosa, mas não tanto quanto o mal estar que o efeito colateral causa, eu realmente não quero testar para ver se meu estômago pode realmente sair pela boca.
Desviei o o