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Eu queria desfazer o mal entendido, mas isso tornaria as coisas ainda mais constrangedora. Então prontamente balancei com a cabeça concordando com tudo que o médico falou. Gabriel permaneceu em um silêncio mortal, ele abriu a boca apenas para responder as perguntas feitas pelo médico.

— Se não há mais nada, os dois podem ir para casa. — o médico falou saindo da sala.

O médico mal esperou para ouvir o nossos agradecimentos ou qualquer pergunta. Olhei para Gabriel e estendi para ele a caixa com as comprimidos que o médico havia me dado.

— Suas pílulas, senhor Camden.

— Esses comprimidos vão funcionar? — ele perguntou pegando a caixa.

— Não mesmo. — respondi com um sorriso que poderia muito bem ser de um demônio.

Gabriel não respondeu e apenas jogou a caixa com os comprimidos pela janela que coincidentemente estava aberta, ele levantou da maca e me encarou.

— Onde eu consigo os mesmos comprimidos que os seus?

— É assim que se pede algo para alguém? Onde está a palavrinha mágica?
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