Comemorações -
Um ruído metálico invade meu sono, um zumbido insistente que me tira do mundo dos sonhos. Abro os olhos sonolentos e percebo que não é o meu celular. Ao meu lado, Alex se desvencilhou do abraço, atendendo a chamada. Sua voz baixa e rouca pelo sono preenche o quarto.
Ao desligar o celular, ele se virou para mim, seus olhos cheios de remorso. "Desculpe," ele murmurou, "esqueci de abaixar o som."
Uma onda de vergonha me invade. As lembranças da noite anterior afloram em minha mente, um turbilhão de emoções confusas. Não sei o que dizer, como agir. Me sinto vulnerável, exposta, como se minha intimidade tivesse sido violada.
O silêncio se instala entre nós, um peso que sufoca o ar. O quarto, antes um refúgio aconchegante, agora se torna um palco de constrangimento.
Seus olhos me fitam com uma intensidade que me deixa nervosa. "Preciso tomar um banho," ele diz, sua voz baixa e rouca. "Depois quero conversar com você."
Um nó se forma na minha garganta. "Claro," respondo com um