— Entre! — Abri a porta e sorri, convidando Emily a entrar com um gesto. — Fique à vontade.
Ela entrou devagar, olhando ao redor do quarto com uma mistura de curiosidade e desconfiança. Eu sabia que ela percebia que a leveza da conversa era uma cortina para a tensão que se formava entre nós.
— Porque me trouxe aqui? — Questionou, o olhar desconfiado.
— Só queria conversar com você em um lugar mais tranquilo — sorri, tentando suavizar o clima.
— Como há dois anos? — perguntou, provocativa, com aquele sorriso que sempre me desarmava.
— Por que não? — respondi com o mesmo tom, enquanto ela sorria e entrava de vez.
Fechei a porta e a tranquei discretamente. Não queria que ninguém nos interrompesse. O quarto estava impecável, iluminado com a luz suave das luminárias e a lua cheia que invadia pela janela. Emily deu uma rápida olhada no ambiente, admirando.
— Não lembrava que seu quarto era tão grande — disse ela, com um sorriso no rosto, ainda meio tímida.
Por um momento, fiquei parado, c