Meu coração batia em disparada, o frio na barriga estava presente novamente. Isso era normal? Depois de tantos anos eu ainda me sentir afetada assim por ele me assustava, especialmente depois de tudo o que aconteceu nos últimos meses.
Eu deveria querer gritar com ele, socar aquele rosto perfeito, arrancar os cabelos macios, mas tudo o que eu consegui foi ficar ali encarando o homem no gramado, acompanhado das malas e uma cara nada boa. Mesmo querendo me mexer e ir até ele, ou dizer qualquer coisa que fosse meu cérebro parecia ter perdido essa capacidade.
— Então esse é... — Pedro começou, mas foi logo interrompido.
— O marido!
— Um marido bem ausente, não é mesmo. Fazem o que já? Cinco meses querida? — ele me olhou e eu soube que estava provocando Fernando de propósito, só não conseguia entender o porquê.
— Querida? Que porra você pensa que é pra chamá-la assim? — Nando bradou e então avançou pelo gramado a passos largos e determinados até estar na nossa frente.
Para o meu desespero P