Deixei o instituto de pesquisas quinze anos depois.
O desenvolvimento do medicamento havia sido um sucesso completo, e o antídoto contra o envenenamento por prata em lobisomens foi aprovado para comercialização a preços acessíveis.
Participei da coletiva de imprensa ao lado dos meus colegas pesquisadores e dos mentores.
Muitos pacientes intoxicados por prata e seus familiares compareceram espontaneamente ao evento, com lágrimas nos olhos enquanto expressavam sua gratidão.
Coincidentemente, aquele dia era o Festival da Lua Cheia, o aniversário do sacrifício dos meus pais em serviço.
O tempo parecia ter reescrito o fim da história deles.
De repente, me lembrei daquela noite de tantos anos atrás, quando minha mãe me segurou com carinho e disse:
— Se a gente conseguir avançar só mais um pouco, os pacientes talvez consigam comprar o remédio antes do Ano-Novo e tenham um feriado melhor.
Naquela época, eu entendia muito pouco sobre muitas coisas.
Não conseguia compreender a paixão ar