Celina Alves
— Oi, Tamara, bom dia! Por que você já está aqui uma hora dessas?
— Falei que iria trazer minha amiga, Felipe. Eu tinha avisado você, se esqueceu?
Ele arqueou uma sobrancelha. Claramente não lembrava.
— Ah, é mesmo! A jovem tem que idade, hein?
Tamara cruzou os braços, revirando os olhos.
— Você está me zoando, né? Falei ontem! Está com a cabeça onde, Felipe?
Ele riu, debochado.
— Só queria te ver irritada. É claro que me lembro. A vaga de jovem aprendiz no setor de atendimento está aberta. Como ela é nova, dá conta fácil. Pode deixá-la aqui comigo. Vou explicar como funciona. Já trabalhou em algum lugar?
— Já sim. Em uma lanchonete, só isso.
— Bom, o que você vai fazer aqui é bem tranquilo. Recepcionar clientes, apresentar produtos, manter as prateleiras organizadas. Depois uma das moças vai te mostrar tudo. Está bem?
— Sim, senhor!
— Pode começar hoje mesmo se quiser. E já que sei que está morando com a Tamara e não conhece muito a cidade, vou pedir para alg