CAPÍTULO QUARENTA E NOVE: A TRANQUILIDADE ANTES DA CONFUSÃO.
POV GAIA.
O cheiro do ensopado quente se espalhava pela sala de jantar, misturado ao aroma suave de ervas frescas e pão recém-saído do forno. Aina nos esperava em silêncio, com os cabelos presos num coque baixo. Notei que seus ombros estavam tensos. Conrado me guiou até a cadeira e puxou-a gentilmente para que eu me sentasse — um gesto simples, mas que aqueceu meu peito.
— Não precisava… — murmurei, sentando com cuidado, já que meu corpo estava dolorido.
— Precisava, sim — respondeu ele, com simplicidade, e sorriu.
Quem vê um alfa como ele — grande, forte e de semblante carrancudo — não imagina a gentileza que carrega. Mas Conrado sempre foi assim comigo e com meus irmãos. Aina pegou uma tigela fumegante e a colocou à minha frente. Seu olhar era firme, mas carregava muito carinho. Como se soubesse que eu estava à beira do colapso e, à sua maneira, tentasse me manter de pé. Ela era como a minha mãe — conseguia perceber quando algo não ia bem.
— Come tudo — disse Aina. — E depois, cama