CAPÍTULO QUARENTA E OITO: NÃO ACREDITO QUE ELA FEZ ISSO.
POV CASPIAN.
Octávio saiu apressado para providenciar a lista com os nomes de todos que tiveram contato com Dylan. Eu fui direto para a sala de interrogatório, localizada no subsolo da prisão da alcateia. O corredor era frio e silencioso, as paredes reforçadas com aço escovado. A sala em si era moderna, com painéis de vidro blindado, uma mesa central de metal escuro, duas cadeiras pesadas e um espelho falso ao fundo. Tudo nela exalava controle, vigilância e intimidação.
Quando olhei no meu relógio de pulso, era dezoito hora, já era noite lá fora. Eu já havia interrogado quatro soldados, dois patrulheiros e o encarregado da escala da fronteira leste. Nada. Nenhuma reação suspeita. Nenhum olhar vacilante. Nem mesmo o cheiro ácido de mentira. Só medo. Medo do que estava acontecendo na alcateia, do assassinato e de mim. Suspirei, impaciente.
— Mande o próximo entrar — ordenei com a voz firme e seca.
— Tragam Leonardo — disse Octávio do lado de fora, abrindo a porta com um ranger metálico.