Marcos

Em minha sala impaciente, olho para o relógio em meu pulso. Clara como sempre está atrasada, mas confesso que adoro isso nela. Ela é perfeita assim, mas como sou o chefe, tenho que ser rígido, pelo menos as vezes. A verdade é que sempre fui apaixonado por ela, mas como ela era filha dos Petterson, e de acordo com meu pai eles eram os culpados pela morte de minha mãe, o que mais tarde descobri que não era verdade só que ele insistia em acreditar no contrário, portanto por causa dele tive que me manter distante de Clara, mas nunca deixando de ser seu amigo e sempre que possível, tento me aproximar dela.

Quando fiquei sabendo que ela faria faculdade aqui na cidade, logo deduzi que precisaria de trabalho um trabalho para se sustentar, vi a oportunidade perfeita para me aproximar dela novamente, mas sempre sendo discreto, pois os meus funcionários não podem nem sonhar que eu estava fazendo isso por puro interesse pessoal.

Quando ela chegou esta manhã mais uma vez atrasada, tive que falar alguma coisa, pois os outros funcionários poderiam achar que eu estava sendo conivente com os atrasos dela, de fato eu estava, isso tudo é tão confuso. Assim que ela entrou em minha sala, reparei que ela estava vestindo uma camisa masculina. O primeiro pensamento que me veio à cabeça foi dela ter dormido com alguém, o que me deu uma certa raiva, ela era minha e de mais ninguém.

Ela ainda não é minha, mas para que isso se torne real, falta muito pouco. Estava esperando a hora certa para me declarar. Sem saber, ela me tranquilizou ao dizer que se atrasou porque um rapaz havia derramado café nela. Tentei ao máximo não surtar e pensei “Como esse idiota pode ter feito isso com a minha Clara! Se eu estivesse lá ele estaria em um hospital há uma hora dessas”.

Para garantir que ela estava bem, a conduzi até a enfermaria. Aonde eu pedi para que ela levantasse a blusa e eu pudesse avaliar o “estrago”, ela inicialmente relutou, mas depois fez o que pedi, e pude ver que área estava bem vermelha, resolvi que o ideal seria passar uma pasta d'água. Quando comecei a passar a pasta, fiquei encantado com a visão privilegiada que estava tendo dela.

Tentei ser o mais profissional possível, mas quando comecei a passar a pasta na área queimada, senti um ódio me invadir, mas, ao mesmo tempo, uma felicidade pelo que o idiota havia feito, afinal por causa dele, agora eu estava tão próximo dela. Acabei me perdendo nos meus pensamentos e quando percebi Clara estava envergonhada, mas parecia gostar da nossa situação.

Fui retirado dos pensamentos quando ela pediu para que eu parasse de passar a pasta, pois dali ela prosseguiria. No primeiro momento pensei em dizer não, pois não queria tirar as minhas mãos do corpo dela, mas vi que isso poderia ser mal visto por ela, então saí e a deixei na enfermaria, porém antes de sair pedi para que assim que terminasse, ela fosse até minha sala.

Já estava ficando impaciente em minha sala, pois ela estava demorando e por um momento achei que ela não voltasse a minha sala. Demorou um pouco mais ela voltou a minha sala. Tentei fazer com que ela fosse para casa, mas ela não quis, preferiu ficar e trabalhar. Como já conheço Clara e sei que ela é teimosa resolvi não discutir e deixei que fizesse o que achasse melhor. Depois ela saiu e foi para a sua sala, onde ficou o resto do dia, mas por precaução fiquei sempre de olho nela, mas sem que ela percebesse.

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