IVY CARTER
O sol ainda mal havia nascido quando Dante apareceu na porta do meu apartamento com duas malas pequenas e um sorriso brilhante nos lábios.
— Pronta para descobrir a verdade? — ele perguntou.
Assenti. Eu não consegui dormir durante a noite. A descoberta de que Dante era meu irmão ainda estava em minha mente como uma canção repetida demais. E agora, a busca por respostas nos levava para Ottawa.
O jato particular de Dante era luxuoso, silencioso, quase surreal. Mas nada disso importava. Eu mal percebia os detalhes ao meu redor. Só pensava nela. Na mulher que me gerou, na mulher que mentiu, na mulher que me protegeu e me escondeu uma parte de mim mesma.
Dante permaneceu ao meu lado durante toda a viagem. O silêncio entre nós era confortável, solidário. Nossos olhares se encontravam de tempos em tempos, como se dissessem "estamos juntos nisso". E estávamos.
Ao aterrissarmos, um carro já nos esperava. O motorista nos conduziu pelas ruas que me eram tão familiares para mim. A cad