Aiden desabotoou minha camisa com lentidão provocante, revelando minha pele centímetro por centímetro, como se tivesse toda a paciência do mundo. Meu peito subia e descia com a respiração acelerada, enquanto seus lábios traçavam um caminho de beijos suaves pelo meu pescoço. Ele se afastou apenas o suficiente para me olhar, com um sorriso satisfeito nos lábios.— Se eu pudesse, gravaria essa imagem na minha mente para sempre, Ivy. — Sua voz estava rouca. — Você não tem ideia do quanto fica linda usando vermelho. Parece uma deusa.Em movimentos apressados, Aiden se livrou da camisa e da calça, deixando-as amontoadas aos pés da cama. Seus olhos me percorreram, cheios de desejo.— Deus, você é linda, Ivy — murmurou, levando minha mão aos lábios e beijou meus dedos, mordiscando levemente a palma. Era um território completamente novo para mim.Aiden deslizou as mãos pelas minhas pernas, estendendo-as cuidadosamente para cima, sem romper o contato visual. Seus olhos castanhos não deixaram os
Acordei sentindo o corpo todo dolorido. Levei alguns segundos para lembrar o motivo, e quando lembrei, o medo se instalou de imediato no meu estômago. Agora que ele me teve, ele poderia simplesmente me abandonar. Droga! Eu nem sequer assinei o contrato.Que ótima negociante você é Ivy Carter...Meus olhos vaguearam pela cama, onde vi o lençol manchado de sangue, uma marca da minha inocência perdida. Meu peito apertou ao perceber que ele sequer ficara comigo. E por que deveria? Eu tinha servido ao seu propósito.Com esforço, comecei a me mover, pronta para retomar a minha vida miserável, quando ele entrou no quarto, já completamente vestido.— Onde você pensa que vai? — perguntou, arrumando a manga da camisa. Olhei para ele de relance antes de abaixar o olhar para o lençol, envergonhada. Por que eu me sentia tão tímida de repente? — Olhe para mim, pequena — ele ordenou, a voz mais suave desta vez. Relutante, ergui o rosto, puxando o lençol para cobrir meu corpo nu. Com um único movimen
Caminhei ao lado dele, tentando acompanhar seus passos, enquanto uma onda de ansiedade se espalhava dentro de mim. O que as pessoas pensariam ao nos verem juntos? Mais uma garota qualquer, atrás de dinheiro fácil? O que minha mãe diria ao ver sua filha com ele? Aiden Wolfe. Um dos solteiros mais cobiçado de Nova York. De repente, aquela realidade desabou sobre mim, esmagadora. Eu devia estar transparecendo meu desconforto, porque Aiden apertou meu braço.— Você está bem, Ivy? Parece tensa, pequena.— Eu... estou bem, não se preocupe — respondi rapidamente, forçando um sorriso.Ele não insistiu no assunto, para meu alívio.Seguimos até uma cabine de vidro elegante, onde outro homem, ainda mais intimidador que Aiden, nos aguardava. Seus olhos encontraram os de Aiden primeiro, com um sorriso contido, mas quando pousaram sobre mim, se estreitaram em julgamento. Conhecia bem aquele olhar. O mesmo olhar que tantas vezes suportei. De desprezo. De desconfiança.Aiden apertou meu braço com ma
AIDEN WOLFE Fiquei olhando para a porta que ela acabara de atravessar, sem conseguir me mexer por alguns segundos. O som seco da porta se fechando ficou dentro de mim como uma condenação.Vitor pigarreou, mas eu nem olhei para ele. Minha mandíbula travada era a única resposta que ele teria de mim naquele momento.Idiota.Idiota por julgá-la, sendo que eu a persegui. Idiota por fazê-la se sentir como menos. E eu também era um idiota... por não ter previsto que seria difícil para ela.— Aiden, eu... — Vitor começou, a voz baixa de arrependimento.— Está demitido. — interrompi, direto ao ponto. Não me importei que ele fosse um amigo antigo. Naquele instante, nada era mais importante do que ela.Levantei-me e deixei os papéis na mesa com uma batida alta, ignorando qualquer tentativa de justificativa dele. Saí da sala, sentindo o sangue latejar nas têmporas. O corredor parecia mais longo do que o normal. Cada passo só aumentava minha frustração.Assim que saí do prédio, tirei o celular d
Vi Aiden dirigindo em alta velocidade. Ele parecia fora de si, completamente descontrolado. Suas mãos agarravam o volante com tanta força que seus nós dos dedos estavam quase brancos. Aquela imagem ficou gravada na minha mente, e me peguei pensando no que poderia estar o incomodando tanto a ponto de conduzir assim. Eu queria perguntar. Queria quebrar o silêncio sufocante que preenchia o carro. Mas depois de ter virado as costas para ele, achei que não tinha mais esse direito.Sem saber para onde estávamos indo, tentei me concentrar na paisagem do lado de fora da janela, na esperança de que isso acalmasse a confusão dentro de mim. Aiden permaneceu em silêncio, os olhos fixos na estrada. Aos poucos, percebi que estávamos nos aproximando do oceano.Uma praia?Jamais imaginei Aiden como o tipo de homem que buscaria consolo nas ondas do mar.Ele estacionou bruscamente e, sem dizer uma palavra, contornou o carro para abrir minha porta. Estendeu a mão para mim, e, sem questionar, aceitei. S
Aiden me abraçou naquela noite, apertando meu corpo contra o dele para dormir. Fiel às suas palavras, ele me despiu lentamente sob seus olhos cheios de desejo, acariciando cada centímetro da minha pele enquanto fazia amor comigo. Mas, diferente de antes, agora doía. Doía entender nossa realidade. Eu queria que esse pesadelo acabasse, queria acordar e descobrir que tudo não passava de um sonho.A fome me abandonara, e minha cabeça estava cheia demais para me lembrar do sabor da comida. Amanhã, decidi, procuraria um médico para perguntar sobre o melhor método contraceptivo. Ele me puxou ainda mais para perto e eu estremeci ao sentir o calor de sua pele. Eu sabia que não conseguiria pregar os olhos naquela noite. Não ali, nos braços dele.Com cuidado, tirei seus braços de cima de mim e vesti o robe de seda, o mesmo que ele havia usado para me adornar antes de me despir. Caminhei até a sacada e deixei a brisa fria de Nova York acariciar meu rosto.A vista era de tirar o fôlego: arranha-c
Rabisquei um bilhete para Aiden, dizendo que ia encontrar uma amiga. Não queria ligar e incomodá-lo. Ele não era meu namorado de verdade, não é? Só um namorado de mentira.Peguei minha bolsa e o celular antes de sair do apartamento. Estava vestida com uma legging simples e uma blusa soltinha que descia até a metade das minhas coxas.Peguei o ônibus em direção ao meu destino. Sempre gostei de andar de ônibus. Parece que dinheiro não compra toda a felicidade, afinal. Gosto de conhecer gente nova e também de reencontrar velhos conhecidos. No caminho, cumprimentei algumas pessoas que já conhecia, passando por ruas familiares.— Ivy, olá! — ouvi alguém chamar.Meus olhos encontraram os de Daniel, um espanhol que conheço desde o meu primeiro dia aqui. Ele é dono de uma linda floricultura e, desde então, sempre foi gentil comigo.Daniel era bonito, com pele morena, sorriso encantador e olhos azuis que pareciam sempre brilhar.— Faz tempo que não te vejo Ivy. Você se esqueceu do velho Dani, p
AIDEN WOLFE Cuidei de tudo no escritório o mais rápido que pude. Não era normal para mim ser tão apressado com coisas importantes, mas hoje... hoje eu queria passar o resto do domingo com ela.Minha Ivy.Desde que aquela garota entrou na minha vida, meus dias nunca mais foram os mesmos.Peguei as chaves do carro e fui direto para casa, ansioso para vê-la. Já conseguia imaginar sua expressão surpresa ao me ver tão cedo. Talvez ela sorrisse, com aquela timidez que me desmontava por dentro.Abri a porta da cobertura, pronto para encontrá-la... mas o apartamento estava silencioso.Franzi a testa enquanto caminhava pela casa, no balcão da cozinha, encontrei um pequeno pedaço de papel dobrado. Meu nome rabiscado em letras apressadas no topo.Peguei o bilhete e li:“Oi, Aiden. Fui encontrar uma amiga. Não quis te incomodar com uma ligação. Volto logo.— Ivy”Fechei os olhos por um momento, respirando fundo. O bilhete não tinha nada demais, mas uma irritação fria deslizou pelo meu peito.Is