Você já se viu completamente perdido e sem rumo? É assim que Derek Sant se encontra. Perdido e sem rumo desde que perdera a mulher que tanto amava e o filho que esperavam. Depois da tragédia, o jovem Derek passou a esconder-se em torno da muralha que ele mesmo construiu em torno de si, transformando-se em um homem completamente amargurado. Ele sabe que sua vida jamais será a mesma, especialmente por sentir-se culpado pela morte da esposa e do filho. As esperançosas palavras de Monnie, minutos antes de partir, martelavam diariamente em sua mente: "Cuide da nossa criança", a criança que não chegou a viver. Disposto a dar à sua falecida esposa exatamente o que ela queria, Derek decide que quer uma criança. Mas nem tudo é tão simples quanto parece ser: sem nenhum tipo de vínculo amoroso com a mulher que aceitar ser sua barriga de aluguel. Esse é o acordo. E acordos raramente podem ser anulados. Convencionalmente, o amor pode extinguir qualquer acordo. E talvez isso realmente aconteça sem que ele se dê conta tão facilmente.
Leer másDor.
De acordo com o dicionário é uma sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a esses estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter.
É uma mágoa originada por desgostos do espírito ou do coração; sentimento causado por decepção, desgraça, sofrimento, morte de um ente querido.
Morte de um ente querido. Aqui está o real significado de dor para Derek Sant.
Aos vinte, Derek conheceu Monnie Elizabeth e, juntos, viveram aquele clichê romântico que todos estamos cansados de ouvir a respeito. Você sabe do que estou falando, certo? Aquele amor intenso com direito a respiração incidida, pernas bambas e borboletas no estômago...
Ele se apaixonou por ela na medida em que ela também se apaixonou por ele.
Para Derek, era difícil explicar um amor tão grande quanto esse que ele sentia por Monnie. A garota, sortuda, sem pedidos ou avisos prévios, tomou para si o que muitas mulheres desejavam, mas nunca teriam: o coração de Derek Sant.
Foi então que eles decidiram se casar. Derek não via motivos para permanecer adiando uma coisa na qual ele tinha plena convicção de que seria a melhor decisão de sua vida. O amor gritava em seu peito.
E, mesmo depois de completarem três anos de casados, o amor só parecia crescer. No rapaz principalmente. O que muitos chamavam de obsessão, Derek preferia chamar de um amor profundo e verdadeiro.
A vida a dois era tão perfeita. A felicidade parecia não ter fim.
Quando a notícia de que seu primeiro filho - e herdeiro - estava à caminho surgiu, o homem enlouqueceu de tanta alegria! Ele não podia ser mais feliz que isso, podia? Afinal de contas, havia conquistado tudo que sempre sonhara: um amor verdadeiro, construiu seu próprio escritório de advocacia e seria pai.
Felicidade. Derek transbordava de alegria, incapaz de conter o sentimento que queimava no peito.
Mas, voltemos para o início. Voltemos para a estaca zero.
Voltemos para a definição de dor.
Nem tudo na vida são flores. Alguém deveria deixar isso bem claro para Derek. Por mais consecutivos dias ensolarados que tenhamos, isso não significa que os dias nublados não vão aparecer em algum momento.
10 de Setembro de 2015.
O sol desapareceu e deu espaço para a Lua e sua beleza imensurável.
O último final de semana de Monnie antes de ganhar bebê.
Ou por que não dizer apenas último final de semana?
Estava tudo bem. Eles estavam a caminho de sua casa de campo, no interior da cidade que moravam.
Monnie repousava uma de suas mãos na barriga enorme de nove meses. A outra mão permanecera toda a viagem entrelaçada a de Derek, enquanto ele conduzia o volante com a outra. Sempre com cautela, porque o homem prezava pela vida dos seus.
Eles só estavam indo para a casa de campo da família. Descansar. Se amar. Planejar. Ser, sempre, um pouco mais feliz.
Até que...
A Dor se fez presente e nunca mais deixou de existir.
Muita dor surgiu.
Derek não sabia o que havia acontecido, embora tivesse se esforçado profundamente para lembrar de algum vestígio. De qualquer coisa que o condenasse. Qualquer coisa que lhe dissesse que o erro tinha sido seu.
Foi veloz. Foi num simples piscar de olhos.
Num segundo ele estava lá, feliz, ao lado da mulher que amava e do filho que estava a caminho. No outro... só restava dor.
E, depois daquele famigerado acontecido, é em torno dessa dor que o homem tem vivido.
Alguns arriscam dizer que ele perdeu a razão depois que ela se foi. Outros, se comovem quando escutam sua história. Mas há quem diga que ele enlouqueceu de vez, afinal de contas nada nem ninguém tira de sua cabeça o fato de que ele ainda quer o seu herdeiro.
Para ele, um filho lhe traria de volta as esperanças, perdidas naquele maldito acidente que lhe tirou tudo.
O amor, a esperança, a felicidade. A vida.
Um filho lhe trará de volta a lembrança de sua doce Monnie, seu grande e único amor.
Um filho é tudo que ele deseja. O filho que lhe foi tirado a vida de modo tão cruel.
Para alcançar seu objetivo ele só precisava de uma mulher que estivesse disposta a aceitar sua proposta. Alguém quem aceitasse carregar seu filho no ventre em troca da vida de realeza que ele poderia oferecer durante os noves meses de gestação de sua barriga solidária.
Tudo estava esquematizado na cabeça do homem. Em nove meses, a mulher que aceitasse suas exigências, teria uma vida perfeita, repleta de luxos e privilégios.
Em nove meses, porém, muita coisa pode acontecer. As quais podem surpreender a todos, inclusive ao próprio Derek.
.Amanda— Você está tão linda, Mandy!Sabrina abriu um sorriso largo, e eu ri, incapaz de conter a felicidade que me tomava por completo.— Meu irmão é mesmo um cara de sorte. — completou.Eu ri e fiz uma leve careta. Rolei os olhos para o espelho à minha frente.Depois, desviei meu olhar para Sabrina.— Me diga que não é um sonho. Me diga que isto é real. Que eu vou realmente me casar com Derek. Que nós dois... que seremos uma família e que isso aqui, — eu fiz um gesto abrangente. — é real.Brina riu fraco.— É real, Mandy! Tudo isso aqui é real.Senti as lágrimas começarem a se formar em meus olhos.Mas eu tinha de as conter, afinal de contas, não queria borrar toda a maquiagem.— Obrigada. — d
AmandaQuando os primeiros raios de sol adentraram o quarto, abri meus olhos devido a claridade que incomodava levemente.Espremi os olhos numa falha tentativa de protegê-los daquela claridade que assustava nos primeiros minutos.Só depois de alguns segundos, percebi que ainda permanecia da mesma forma que havia pegado no sono: deitada sob o peitoral de Derek, onde dormi feito um anjo.Abri um sorriso de canto de boca.Há três meses eu me fazia a mesma pergunta, durante todas as manhãs: tudo isso era apenas um sonho?A resposta, é claro, surgia sempre da melhor maneira possível: Derek deitado ao meu lado, lembrando-me sempre de que aquilo era real.Ele era real, bem como o nosso amor.Rocei minhas pernas às suas e deslizei minhas m&a
DerekEu estava transtornado.Devastado e literalmente aéreo.Sabrina me trouxe um copo de água com açúcar, numa tentativa falha de me acalmar.Depois de minutos de angústia, a porta do centro cirúrgico abriu-se, mostrando a médica que, há poucos minutos, eu vi tentar salvar a vida de Amanda.Ela retirou a máscara e nos encarou com uma feição séria.Amanda havia partido. Eu não queria ouvir isso de novo. Não queria voltar ao início. Ouvir suas duras palavras deixaria-me ainda mais transtornado.E faria com que, mais uma vez, meu coração se quebrasse em vário caquinhos. Mas dessa vez seria diferente. Ninguém poderia uni-l
Derek— Hey, estou aqui, ouviu?Eu disse assim que me aproximei de Amanda novamente. Agarrei fortemente suas mãos.— Aplicamos um anestésico. Em poucos minutos ela vai adormecer.A médica murmurou e eu assenti. Em seguida, olhei para Amanda e sorri como se nada estivesse errado.Amanda fechou os olhos rapidamente, depois os rolou para mim.— Ouça, — ela disse baixinho. — Preciso que me faça um favor.— Eu...— Derek, se algo acontecer... se algo realmente acontecer, quero que prometa...— Não. — disse sério. — Não ouse fazer isso.— Eu preciso...— Não se despeça. Você não vai morrer. Não hoje.
DerekEspremi meus olhos.Por que eu não estava sentindo dor?— Derek, abra seus olhos!Era Damen.Abri meus olhos sem pensar duas vezes.Olhei ao redor, o corpo de Stevan estava estendido ao chão.Cerrei os olhos em Damen, atordoado.— Eu... eu pensei que...Havia um policial com uma arma em mãos, foi então que constatei, o tiro não havia sido em mim. O tiro havia acertado Stevan.De modo instantâneo, apenas abracei Damen o mais forte que pude.— Conseguimos, irmão. — ele murmurou, parecia aliviado. — Nós conseguimos.Assenti, os olhos fixos em Damen.— Amanda! Onde ela está?— Já
Derek— Deixe-o ir, Stevan. Vamos ser felizes juntos, do jeito que você quer, está bem? Eu aceito, eu juro!Amanda estava aos prantos. Stevan ponderou por alguns segundos. Mesmo assim, permanecia com a arma apontada em minha direção, o que me impedia de raciocinar e agir.— Você não está me enganando, está? Mandy, eu não vou tolerar...Amanda arrastou-se com dificuldade até Stevan e segurou em suas pernas.— Eu te dou minha palavra. Deixe-o ir, e eu prometo, vou embora com você pra qualquer lugar que quiser ir.— Não, Amanda! Não vou permitir! — rosnei.— Cale a maldita boca! — rosnou ele, irritado. Por um mísero segundo meu corpo ficou estático. Qualquer reaç&atil
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