~Verônica~
Minha primeira ação do dia, depois de acordar e perceber onde estou, é gritar.
Um grito alto e prolongado de quem já não aguenta mais reviver a mesma porcaria de dia.
Em seguida aparece Lucian derrubando a porta do meu quarto em posição de ataque. Ele procura o perigo inexistente e tudo o que consigo pensar neste momento é se uma porta quebrada vai ser a culpada pelo dia reiniciado.
"Alguém está aqui? O que aconteceu? Eu acordei agora a pouco e vim direto ver você e você não me respondia e começou a gritar...", ele para de falar.
Lucian se aproxima da minha cama e me analisa por completo e me sinto despida sem que ele ao menos precise me tocar. Sinto além, como se ele visse meus órgãos por dentro.
Existe esse reconhecimento entre nós, um que eu não entendia na primeira versão da linha do tempo. Mas que agora faz completo sentido.
Puxo o lenço mais para cima em vã tentativa de me proteger de seu olhar penetrante.
"Estou bem, mas se eu tiver que repetir o dia mais uma vez porq