Valéria acordou com a cabeça latejando, uma lembrança dolorosa da noite anterior no pub com Lara. A dor era intensa, um eco direto do excesso de bebida e da tensão que se acumulava dentro dela.
Ela se virou na cama, procurando por Felipe, mas o espaço ao seu lado estava vazio. Ele, mais uma vez, havia dormido no escritório.
Com um suspiro pesado, Valéria se levantou, os músculos tensos com o peso emocional que carregava.
Foi até o banheiro, tomou um analgésico e ficou encarando o próprio reflexo no espelho. O rosto pálido refletia o cansaço e as dúvidas que vinham consumindo-a.
“Eu não posso continuar assim...”, ela pensou, mas não conseguiu completar o raciocínio. Sua mente ainda estava em um turbilhão de emoções confusas.
Enquanto se arrumava, decidiu que seguiria o que Felipe queria desde o começo. Se ele preferia um relacionamento sem envolvimento emocional, era isso que ela ofereceria a partir de agora.
Ela não deixaria que os sentimentos a controlassem mais.
Saiu de cas