Contar para eles antes de qualquer outra pessoa nunca esteve nos meus planos. No entanto não consegui me conter, porque precisei de fato me defender. E... aquela era a família da minha coelhinha. E eu precisava deixar claro que não era tão filho da puta quanto eles pensavam.

— O que... você está dizendo? – Aster me soltou imediatamente, caindo na cadeira, como se tivesse levado um golpe.

— Sou irmão gêmeo do Fred. Eu... o substituía vez ou outra, quando ele não conseguia subir no palco.

— Você está dizendo... que tem dois Freds? – Flávia perguntou, atordoada.

— Não, só existiu um Fred. Eu me chamo Enrico.

— “Existiu”? – Aster me olhou, franzindo a testa.

— Fred morreu – completei. – Naquele acidente, junto com a garota que estava com ele.

Os dois arregalaram