O sol ainda mal havia tocado as janelas quando Olivia acordou, sentindo o lençol gelado onde normalmente estaria o calor do corpo de Salvatore. Passara a noite virando de lado, buscando a posição certa, tentando vencer o desconforto do sono interrompido. Mas nada substituía o peso suave do braço dele sobre sua cintura. Nem o som de sua respiração lenta, que sempre acabava embalando a dela.
Agora, só havia silêncio.
Ela levantou devagar, prendendo os cabelos em um coque desajeitado e caminhando até a cozinha, onde Bolt já a esperava, sentado, orelhas empinadas, como se também sentisse falta do dono.
— Bom dia, grandão — ela disse, acariciando a cabeça do pastor alemão. — Parece que somos só nós por enquanto, hein?
Enquanto o café passava, ela tentava manter a mente ocupada. Preparou uma torrada, organizou a agenda da próxima consulta médica, e depois, como quem luta contra o impulso, pegou o celular. Uma nova mensagem de vídeo.
Era ele.
O rosto de Salvatore apareceu na tela