O sol atravessava as frestas da cortina, lançando faixas douradas pelo quarto. O ar ainda tinha o cheiro da noite anterior — suor, pele e desejo. Olivia acordou devagar, os músculos doloridos de forma deliciosa, como se seu corpo tivesse descoberto uma nova forma de existir.
Ela abriu os olhos devagar, sentindo o lençol deslizar pela pele nua. O quarto estava silencioso, e por um segundo, seu peito apertou com a dúvida: ele ainda estava ali?
— Bom dia, piccola — a voz rouca soou próxima, com aquele sotaque que fazia seu estômago revirar.
Salvatore estava encostado no batente da porta, só de calça, o peito nu coberto por algumas cicatrizes — histórias que ela ainda não conhecia, mas queria ouvir. Na mão, uma caneca de café.
— Trouxe isso pra você — disse ele, estendendo a caneca com um meio sorriso que deixava os joelhos dela fracos, mesmo sentada.
Ela se sentou, puxando o lençol contra o peito, ainda envergonhada apesar da noite intensa que compartilharam. Mas Salvatore se aprox