Minutos depois, estava sentada na sala ao lado da mãe de Rafael. Dona Helena parecia cansada, mas ainda exibia a serenidade que sempre a caracterizava.
— Não esperava sua visita a esta hora — comentou, com um leve sorriso educado. — Está tudo bem?
Patrícia entrelaçou as mãos no colo, assumindo a postura da mulher que carrega um fardo insuportável. — Não, não está… é que eu… — Fez uma pausa dramática, como se buscasse forças. — Rafael…
Os olhos de dona Helena se arregalaram. — O que tem o Rafael?
Patrícia mordeu os lábios, fingindo arrependimento. — Eu não devia… não devia falar… — Baixou o olhar, como se tivesse deixado escapar sem querer.
— Não devia falar o que minha filha? vocêveio ate aqui essa hora deve ser importante. — Disse dona Helena sentindo em seu coração que era algo importante.
— Éé... que... Ele sofreu um acidente, está no hospital… inconsciente. — Disse abaixando os olhos fazendo o teatro perfeito
O silêncio tomou conta do ambiente por um segundo que pareceu eterno.