Haiden
Eu já estava convencido de que a Daphne concordava com minhas objeções. Que ela aceitou numa boa eu ter me ausentado da visão dela, para não a incomodar.
O silêncio dela no carro me devastou. Ela ficou olhando para mim com aqueles olhos brilhantes o caminho inteiro, sem pronunciar nenhuma palavra.
Agora, ela segurava minha mão e pedia para que eu ficasse ao seu lado. Juro por Deus que eu jamais senti nada parecido com isso. Um tremor quase incontrolável no estômago. O corpo enrijece com o calor da mão dela na minha. Eu engoli a seco, todos na casa olhando para mim.
— Tudo bem, Rute, pode deixar que faço isso – olhei para ela, Rute sorrindo como se estivesse assistindo um romance de TV.
Esperei que ela se afastasse. Esperei que todos fossem embora. Eu não estava acostumado com o que vinha acontecendo comigo, ainda mais quando as pessoas observavam isso. Daphne continuou segurando minha mão, garantindo que eu não fugiria.
O que eu poderia dizer a ela? Como eu deveria me co