Daphne
Um sorriso discreto se formou em meus lábios. Haiden não podia ver o quanto eu estava feliz, porque ele estava de costas me conduzindo até o seu escritório, para, segundo ele, cuidar dos meus ferimentos.
Ele fechou a porta logo atrás dele, enquanto ainda segurava minha mão. Era como uma pequena carga elétrica atravessando todo o meu corpo. Meu rosto esquentou, mas o contato foi rompido no segundo seguinte.
— Sente-se – ele apontou para a cadeira e se afastou. Foi até um armário cheio de livros e abriu uma das portas, retirando de lá uma caixa de primeiros socorros.
Fiquei observando-o de longe, sem imaginar que um dia eu seria bem tratada assim. Desde o dia em que conheci o Haiden sempre fui tratada como mais uma funcionária e comigo o seu humor oscilava sempre de ruim para pior o tempo todo.
Eu conseguia ver seus músculos se movendo enquanto ele se inclinava e pegava a caixa. Depois, se virava, caminhando com ela em mãos até mim. Ele arrastou outra cadeira e sentou-se à