Daphne

Minha mente gritava para que eu corresse do perigo. Eu não sabia quem era aquele homem ou de onde ele me conhecia, mas ele dizia que contaria ao Haiden que eu estava viva.

Girei os calcanhares e tentei partir, quando ele segurou meu braço e me impediu. Meu corpo inteiro estremeceu. Meu primeiro pensamento era gritar.

— Me solta ou vou gritar.

— Eu já disse que não estou aqui para machucá-la – ele limpou o rosto – quando você desapareceu, rodei esse mundo atrás de você. Não havia nada que eu desejasse mais do que levar você de volta para o seu marido.

Eu sacudi meu braço e ele me soltou por espontânea vontade. Não havia traços de maldade no semblante daquele homem. Suas palavras pareciam tão sinceras que acabei descontraindo. Ele não representava nenhum perigo para mim.

— Não me disse ainda quem é você e como me conhece.

Ele levantou o olhar até mim e me olhou como se sentisse um enorme alívio. Soltou o ar dos pulmões que pareciam presos há tanto tempo e depois sorriu.