Daphne
Eu tentava manter o controle para que Elijah não percebesse o meu nervosismo. Eu ficava pensando o tempo todo naquele homem entrando no restaurante e me vigiando, vindo me procurar e sabe Deus o que podendo fazer contra mim.
Será que o Ramon desconfiava que eu estava viva? Balancei a cabeça e sorri. O medo estava me fazendo delirar. Por que ele viria atrás de mim depois de cinco anos? Aquilo não fazia o menor sentido.
— Não vai comer, mamãe? – a voz de Elijah me trouxe de volta.
Olhei para os olhos dele, que estavam fixados no meu prato de comida. Eu realmente não havia tocado no almoço que parecia delicioso. Sorri para ele e disse:
— Estou sem fome – olhei para ele, saboreando a comida. Elijah deu de ombros e continuou comendo.
Ele não tinha preocupações, eu tinha. Minha vontade de levantar e ver se aquele homem permanecia parado do lado de fora me assombrava, mas eu não podia arriscar deixar Elijah sozinho nem por um minuto. Peguei o telefone e liguei para o motorist